Um trabalho colaborativo, que contou com a atuação da Prefeitura de Manaus, permitiu que uma criança nascesse em um local inusitado, na tarde desta terça-feira, 5/11: em um helicóptero. O nascimento foi possível graças ao trabalho conjunto entre o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e o Departamento Integrado de Operações Aéreas (DIOA), da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), que possibilitou que uma paciente de 42 anos, moradora da comunidade Abelha, na zona rural da capital, desse à luz uma menina dentro de um helicóptero.
A equipe do Samu foi acionada às 13h para atender a ocorrência. Ao chegar na localidade, a equipe médica constatou que o trabalho de parto já estava avançado, tornando impossível a remoção naquele momento. Assim, o parto ocorreu dentro do helicóptero, na comunidade Abelha, que fica na região do Tarumã, e que devido aos efeitos severos da estiagem, encontra-se isolada, o que limita os atendimentos pelo Samu por via fluvial.
A chegada da bebê, que nasceu com batimentos cardíacos normais, choro e força nos braços e pernas, comoveu as equipes.
“Quando constatamos que a paciente já estava em parto ativo, decidimos iniciar o processo de nascimento ali mesmo na aeronave. E tudo deu certo. A menina nasceu saudável e mamou rapidamente. Ver o nascimento de uma criança sempre comove os profissionais de saúde”, resumiu a médica do Samu, Larissa Câmara.
Assim que chegaram na área urbana de Manaus, mãe e filha foram encaminhadas por meio de uma ambulância do Samu, ao Instituto da Mulher Dona Lindu, na zona Centro-Sul da cidade, para dar seguimento ao atendimento.
Parcerias
A diretora do Samu Manaus, Elen Assunção, informa que as parcerias institucionais entre a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), por meio do Samu, que, além do Dioa, contemplam a Marinha do Brasil, Força Aérea Brasileira e Exército Brasileiro, vem sendo intensificadas devido à seca extrema, responsável pelo isolamento de comunidades em todo o estado. Para assegurar a assistência pré-hospitalar, a Secretaria dispõe atualmente de 14 aeromédicos registrados que atuam nesta modalidade de atendimento.
“Essa colaboração tem sido muito importante, porque podemos prestar assistência de forma rápida e resolutiva. Os atendimentos vão desde a remoção de vítimas de acidentes ofídicos a pessoas que sofrem mal súbito. Mas esse atendimento de hoje nos comoveu, porque o nascimento de uma criança renova a nossa fé na vida”, sintetizou.
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Texto – Tânia Brandão/Semsa
Fotos – Divulgação/Semsa