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Quantas vezes por semana você transa? Saiba se é normal

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Quantas vezes por semana você faz sexo? Se sua vida estiver alinhada com a tendência mundial, essa frequência já foi bem melhor. Estudos indicam que as pessoas — jovens ou não — estão transando cada vez menos.

Uma pesquisa americana mostrou que do final da década de 90 ao ano 2014, o número médio de relações sexuais passou de 62 vezes para 54 vezes por ano. Outra pesquisa mostrou que, em 1990, os casais de 16 a 64 anos faziam sexo 5 vezes por mês. Média que diminuiu para quatro vezes por mês em 2000 e para três vezes por mês em 2010. Ou seja, em 20 anos a frequência caiu 40%. Se continuar assim, em 2030 ninguém vai estar transando.

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Por que, em um mundo em que sexo parece estar disponível a cada clique, o contato físico está menos frequente?

Segundo Ana Canosa, sexóloga e apresentadora do podcast Sexoterapia, são muitas as causas que podem explicar essa tendência.

O cotidiano massacrante a que somos submetidos é um dos fatores que atrapalha a nossa vida sexual. “As pessoas chegam em casa e querem dormir”, diz Ana.

A descoberta da possibilidade de ter prazer sozinha também pode influenciar na queda da frequência sexual de mulheres casadas ou em uma relação de compromisso.”Se a relação sexual com o parceiro não é satisfatória, eu me satisfaço sozinha. Aí a tendência é que a frequência diminua mesmo, porque não há acúmulo de tensão sexual suficiente para ir em busca do outro”, explica Ana.

O computador, as redes sociais, os programas de streamings com uma infinidade de possibilidades também dispersam a vontade por sexo.

Ouras razões seriam o excesso de medicação hormonais e antidepressivas, que alteram a libido de homens e mulheres, e mesmo a exposição à pornografia: alguns estudiosos defendem a hipótese de que o sexo está muito fácil, muito disponível, e, portanto, menos desejável. A erotização está tão frequente que estaríamos menos sensível a ela.

Mas quanto a gente deveria transar?

A média da população brasileira, segundo pesquisas, é de duas vezes na semana. Mas, atenção. “Estamos falando em média. Nessas estatísticas, há gente de todas as idades, em todas as fases de relacionamento, cada um com seu ciclo de vida. É uma pesquisa com pessoas de 18 a 70 anos, em três estados”, explica Ana. “Portanto, ninguém tem que se preocupar com esse número.”

A preocupação deveria estar em não deixar esse ímpeto morrer, especialmente se você é uma pessoa que gosta de sexo. “É preciso desconstruir o mito do sexo espontâneo. É difícil manter o desejo natural se a nossa vida não está disponível hormonalmente ou sensorialmente para o sexo. Se sexo é uma coisa que te faz bem, se você se sente bem, se o outro fica feliz, por que você não vai se disponibilizar a fazer isso com mais frequência?”

Se o desejo for aumentar a frequência com o seu par, é preciso colocar o sexo como uma de suas prioridades, se deixar envolver pela conquista, tentar resgatar o erotismo na relação, fugir eventualmente para lugares mais próximos à natureza, onde nossos sentidos e instinto ficam mais aguçados. Se for preciso, também vale se programar para incluir o sexo na sua rotina. “Não há mal nenhum em colocar sexo na sua agenda”, diz Ana.

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