O número de pessoas em situação de pobreza saltou para 19,8 milhões nas metrópoles brasileiras em 2021
As regiões metropolitanas brasileiras com as maiores taxas de pobreza em 2021 foram Manaus (41,8%) e Grande São Luís (40,1%), as duas únicas acima de 40%. Já os locais com os menores resultados foram Florianópolis (9,9%) e Porto Alegre (11,4%). Os dados são do 9º Boletim Desigualdade nas Metrópoles, que analisa estatísticas das 22 principais áreas metropolitanas do país.
O número de pessoas em situação de pobreza saltou para 19,8 milhões nas metrópoles brasileiras em 2021. Ao chegar a 19,8 milhões, o número de pobres passou a representar 23,7% da população total dessas regiões.
De acordo com Boletim, que analisa estatísticas das 22 principais áreas metropolitanas do país, esse é o maior nível de uma série histórica de dez anos, iniciada em 2012. O corte do auxílio emergencial, a disparada da inflação e a retomada insuficiente do mercado de trabalho são apontados como os principais agentes motivadores do cenário.
O grupo em situação de pobreza teve acréscimo de 3,8 milhões de pessoas na comparação com 2020, quando estava em cerca de 16 milhões. O avanço equivale a praticamente o dobro da população total estimada para uma cidade como Curitiba –quase 2 milhões de habitantes.
O boletim mostra que o segundo grupo também bateu recorde em 2021. O contingente de pessoas em pobreza extrema chegou a 5,3 milhões nas regiões metropolitanas no ano passado. A marca representa 6,3% da população.
Houve acréscimo de 1,6 milhão de pessoas em situação de pobreza extrema ante 2020, quando o contingente era de 3,7 milhões.
As regiões metropolitanas com os menores resultados foram Florianópolis (9,9%) e Porto Alegre (11,4%). No caso da pobreza extrema, Recife (13%) e Salvador (12,2%) registraram os percentuais mais elevados. Florianópolis (1,3%) e Cuiabá (2,4%) apareceram na outra ponta, com os índices mais baixos.
Fonte: REDAÇÃO TH