À medida que o interesse por produtos e serviços responsáveis cresce, as empresas que adotam esses valores mostram uma capacidade de adaptação às novas exigências, além do comprometimento com o futuro do planeta e das próximas gerações
De acordo com dados da MSCI ESG Research, empresas comprometidas com práticas de Environmental, Social and Governance (ESG) demonstraram um desempenho financeiro superior em 2020. Essas organizações, que seguem rigorosos critérios ambientais, sociais e de governança, alcançaram uma média de retorno total de 27,46% em comparação aos 22,14% do mercado em geral.
Um estudo da Harvard Business Review aponta ainda que empresas com alta classificação ESG são 2,3 vezes mais propensas a superar seus concorrentes de baixa classificação em termos de desempenho financeiro.
De acordo com Rica Mello, especialista em gestão de empresas e fundador do grupo BCBF, a crescente demanda por práticas sustentáveis está colocando este tema em evidência no mundo corporativo. “Diferentes setores estão recebendo incentivos para integrar estratégias de sustentabilidade em suas operações diárias, um movimento que atende às expectativas do mercado e posiciona os líderes como visionários e conscientes em relação ao futuro do planeta”, aponta.
Por conta das urgências contemporâneas, responsabilidade social, sustentabilidade como um todo e ESG são termos que se tornaram comuns no cotidiano. “O mundo está mudando e esses conceitos estão também na mira dos consumidores e investidores. Mais do que nunca, a forma como os gestores alcançam seus resultados e utilizam os recursos naturais vem sendo avaliada constantemente pela sociedade. Devido a esse cenário, é essencial que as instituições entendam qual é o seu papel e o impacto que podem gerar”, completa Rica.
Junto a isso, a noção de Responsabilidade Social Corporativa (RSC) surgiu como uma resposta às crescentes discussões sobre o poder das corporações e a necessidade de uma gestão ética e transparente. Nesse cenário, a sustentabilidade, que começou a ganhar destaque após a definição da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento em 1987, abrange muito mais do que a simples proteção ambiental, estendendo-se ao bem-estar social e econômico.
Recentemente, o termo ESG vem consolidando estas práticas ao definir critérios claros e métricas para ações corporativas, ajudando não apenas na transparência das operações, mas também na adequação às demandas de um mercado cada vez mais consciente. “À medida que o interesse por produtos e serviços responsáveis cresce, aqueles que incorporam esses valores mostram uma capacidade de adaptação às novas exigências, além do comprometimento com o futuro do planeta e das próximas gerações”, aponta.
Todo esse processo faz com que tais organizações, ao internalizar o conceito de Responsabilidade Social e Sustentabilidade, possam ir além de seguir regulamentações, mas liderem pelo exemplo, estabelecendo novos padrões de excelência e responsabilidade.
Sobre Rica Mello
Rica Mello é apaixonado por gestão, números, estratégia e pessoas. Dedicou uma década auxiliando grandes empresas como consultor estratégico da McKinsey e Bain & Company antes de criar seus próprios negócios. É empreendedor serial e está à frente de negócios em diversos segmentos como indústria, distribuição, importação, varejo, e-commerce e educação. Auxilia empresários a navegar no desafiante mercado brasileiro e é uma das lideranças da indústria que se preocupam com iniciativas de coleta e reciclagem de materiais. Possui MBA pela Kellogg School e especialização pela Singularity University. Ele aprendeu a gerenciar empresas de qualquer lugar do mundo, para alimentar sua outra grande paixão, que é viajar. Conhece 136 países e almeja visitar todos os países do mundo até 2025.