Você ronca? O fenômeno é provocado pela vibração de alguns tecidos por onde o ar passa quando respiramos. É um ruído provocado por estreitamento ou obstrução das vias respiratórias. Geralmente inofensivo para o emitente, mas tremendamente incômodo para quem dorme ao lado, o ronco interfere na vida das pessoas. A lei do silêncio.
Se você não ronca, pelo menos já deve ter experimentado em algum momento da vida a desagradável sensação de tentar dormir ao lado de alguém que roncava e sabe do que estamos falando. Embora normalmente seja levado na brincadeira, o assunto é sério. O pior é que o responsável pelo estardalhaço na maioria das vezes não deixa ninguém em paz, mas continua dormindo em paz como um anjo. Quem sofre mesmo são as pessoas que tem de passar a noite ao lado, no caso, praticamente em claro. Não é para menos que certos relacionamentos acabam comprometidos.
O dia seguinte de quem passa uma noite insone chega a ser perigoso. A pessoa vive em constante estado de sonolência e podem cair no sono nas situações menos indicadas, como na direção do carro ou no meio de uma reunião importantíssima.
Na vida social as consequências são terríveis. O incomodo chega a ser de tal forma insuportável que o roncador passa a ser discriminado. A família inteira reclama e os amigos deixam de chamá-lo para os programas que incluam pernoites.
O ronco não é uma doença, mas pode ser um sintoma da síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono, esta sim uma doença grave que ataca cerca de 4% da população mundial.
Nem todo ronco decorre necessariamente da apnéia, cujo principal sintoma são as repetidas paradas respiratórias noturnas que, nos casos mais graves podem durar 48 ou 50 segundos. Assim como nem toda pessoa que ronca pode vir a sofrer apnéia. A pessoa pode simplesmente roncar e não ter maiores problemas. Ao contrario do apnéico, que não consegue dormir direito porque acorda com o próprio ronco ou porque perde o fôlego e normalmente, tem sonolência durante o dia, o roncador simples não só dorme a noite inteira como passa o dia absolutamente bem. A apnéia pode causar uma redução da oxigenação de vários órgãos, como cérebro, causando sonolência diurna e irritabilidade, entre outras.
Os homens costumam roncar mais que as mulheres: 50% contra 35%. Embora não se tenha uma explicação convincente para isso. Mesmo porque anatomicamente, não há grandes diferenças entre os dois sexos. A idade avançada também é um fator importante para o ronco devido a perda de tonicidade dos tecidos.
Podem ser consideradas causas do ronco: palato mole e úvula aumentada, desvio do septo, flacidez nos músculos da boca e da garganta, rinite, sinusite e obstruções nasais.
Funcionam como fatores de riscos ou agravantes do problema: obesidade, ingestão de bebidas alcoólicas, tabagismo, dormir em decúbito dorsal.
Segundo alguns especialistas otorrinolaringologistas, a solução definitiva para o ronco ainda é através da cirurgia. E a última palavra nesse assunto chama-se uvulopalatofaringoplastia a laser, nome complicado que acabou se popularizando como cirurgia do sono.
A Lei do Silêncio!
Saiba o que causa o ronco e como tratar
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