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SAÚDE

Saiba porque tantas mulheres sofrem com a temida TPM

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Ginecologista explica como funciona o organismo das mulheres durante ‘aqueles dias’

Todos os meses mulheres do mundo todo passam por um problema hormonal que chega a dar ‘calafrios’ em várias delas só de ouvir essas três letras juntas: T—P—M.

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A experiência pré-menstrual varia dramaticamente de pessoa para pessoa, e pode ir desde alguns sintomas ligeiros até condições quase debilitantes. Mas primeiro, vamos entender direitinho o que significa quando dizemos TPM.

Mas afinal o que é TPM?

TPM é a abreviação de Tensão Pré-Menstrual ou Síndrome Pré-Menstrual (SPM), e se caracteriza pelo conjunto de sensações que ocorrem cerca de 10 dias antes do início do ciclo menstrual. Segundo dados do Ministério da Saúde, a TPM atinge mais de 70% das mulheres brasileiras.

Apesar dos dados, vale ressaltar que nem todas as mulheres sofrem com TPM e que tal tensão também pode aparecer em diferentes graus. Porém, caso a TPM esteja te incomodando e atrapalhando suas atividades diárias, procure ajuda médica.

TPM masculina existe?

A TPM masculina, também conhecida como Síndrome do Homem Irritável, existe e é causada devido à baixa produção de testosterona. Diferente das mulheres que têm alterações hormonais mensalmente, por conta do ciclo menstrual, a TPM masculina pode acontecer a qualquer momento.

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Endocrinologia, os níveis de testosterona no sangue do homem caem naturalmente com o passar da idade, aproximadamente 1% ao ano a partir dos 40, por isso é essencial procurar o médico para reposição do hormônio.

Como funciona o ciclo menstrual?

Durante aproximadamente 28 dias, o corpo da mulher sofre diversas alterações que preparam o útero para receber um bebê. Nos primeiros 14 dias ocorre o período de ovulação, e junto com ele a elevação dos níveis de estrógeno. Esse hormônio é um dos responsáveis por controlar o nosso bem-estar.

Nos 14 a 16 dias seguintes, a parede do útero começa a engrossar, como se estivesse preparando uma “cama” para o possível bebê. Nessa fase ocorre uma queda nos níveis de estrógeno e elevação nas taxas de progesterona.

Essa alteração, quando muito brusca, já pode causar uma série de sintomas, como ansiedade, alterações do humor, dores nos seios e outros tantos conhecidos das mulheres.

Passados esses 14 dias, o endométrio – parede que recobre o útero – começa a descamar e ser eliminado na forma de menstruação, gerando com ela uma outra queda hormonal, dessa vez na progesterona e no estrógeno. Por isso, em algumas mulheres os sintomas podem ser ainda mais intensos durante a menstruação.

Dessa forma, a TPM é caracterizada como todos esses sintomas que podem ocorrer antes e durante a menstruação, causados pela queda brusca dos níveis de estrógeno e progesterona.

A médica ginecologista do sistema Hapvida em Belém (PA), Dra. Clara Onuma, explica como funciona o processo hormonal durante este período. “O ciclo menstrual é a descamação periódica da camada que reveste internamente o útero, chamada de endométrio. Esse processo se inicia na puberdade e termina na menopausa. Em média, a menstruação dura de 3 a 8 dias, com intervalo de 24 a 34 dias. Uma dieta rica em carboidratos, no período da TPM, aumenta a produção de serotonina. Isso melhora os sintomas de irritabilidade, depressão e ansiedade. O fator hormonal é apontado como causador dessas alterações, pela maioria dos estudos”.

Já sobre as dores de cólica menstrual, a ginecologista destaca em que momento as mulheres devem se preocupar e procurar ajuda médica. “A dor cíclica menstrual é classificada em primária e secundária. A primária se manifesta na ausência de lesões pélvicas. A secundária acontece em consequência de patologias uterinas. A cólica menstrual é uma das principais causas de falta ao trabalho/escola em mulheres na idade reprodutiva. É classificada como leve, moderada e acentuada. A forma leve, não interfere nas atividades do dia a dia da mulher. Na intensidade moderada, a cólica interfere nas atividades do dia a dia da mulher. No grau acentuado a dor impossibilita as atividades do dia a dia, podendo estar associada a sintomas gastrointestinais (vômitos e diarreia). Se a sua cólica interfere nas suas atividades do dia a dia, procure ajuda. O tratamento irá depender da causa, duração e intensidade da dor”.

Entre os fatores que aumentam o risco de TPM estão: histórico familiar de TPM; idade, sendo que os sintomas ficam mais comuns com o envelhecimento; ansiedade, depressão ou outros problemas de saúde mental; sedentarismo; Estresse; uma dieta com baixo teor em vitamina B6, cálcio ou magnésio; alta ingestão de cafeína;

Os sintomas podem variar de pessoa para pessoa e também de ciclo para ciclo. Entre os sintomas de TPM mais comuns estão: ansiedade; tensão; dificuldade para dormir; irritabilidade; alterações de humor; desatenção, fazendo a mulher derrubar coisas e bater em objetos; compulsão por doces ou salgados; vontade de comer guloseimas ou comidas diferentes; dores de cabeça; raiva sem razão; sentimentos perturbadores; pouca concentração; lapsos de memória; baixa autoestima; sentimentos violentos; ganho de peso (por conta da retenção de líquido); inchaço abdominal; sensibilidade e inchaço em mamas; inchaço nas extremidades do corpo, como mãos e pés.

Para algumas mulheres, a dor física e o estresse emocional são graves o suficiente para afetar suas vidas diárias. Independentemente da gravidade, os sintomas geralmente desaparecem dentro de quatro dias após o início do período menstrual para a maioria das mulheres.

Sobre o Sistema Hapvida

Com mais de 6,7 milhões de clientes, o Sistema Hapvida hoje se posiciona como um dos maiores sistemas de saúde suplementar do Brasil presente em todas as regiões do país, gerando emprego e renda para a sociedade. Fazem parte do Sistema as operadoras do Grupo São Francisco, RN Saúde, Medical, Grupo São José Saúde, além da operadora Hapvida e da healthtech Maida. Atua com mais de 36 mil colaboradores diretos envolvidos na operação, mais de 15 mil médicos e mais de 15 mil dentistas.

Os números superlativos mostram o sucesso de uma estratégia baseada na gestão direta da operação e nos constantes investimentos: atualmente são 45 hospitais, 191 clínicas médicas, 46 prontos atendimentos, 175 centros de diagnóstico por imagem e coleta laboratorial.

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