Melhoria significativa foi notada principalmente nas escolas municipais e indígenas
Em Santo Antônio do Içá, município a 879 quilômetros de Manaus, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) das escolas municipais teve um saldo significativo em 2023. Através de um trabalho contínuo realizado pela Secretaria Municipal de Educação (SEMED) a qualidade da educação teve uma crescente positiva nos últimos três anos.
Longe dos principais centros urbanos e com grandes dificuldades logísticas, o município busca a cada dia melhorar seu desempenho na educação por meio de planejamentos estratégicos e responsabilidade na aplicação dos recursos financeiros fornecidos em sua maioria pela gestão municipal.
As escolas que superaram seu Ideb no ano passado, trabalham com a educação dos anos iniciais (1º ao 5º ano) e algumas ficam localizadas em áreas urbanas e indígenas. No município não há escolas particulares ou que fornecem ensino privado, salvo algumas creches que funcionam no modo de aula de reforço. Tal fato reforça a necessidade de haver escolas públicas de qualidade no município.
Confira as escolas que tiveram um crescimento no Ideb e o saldo positivo de cada uma delas: Escola Municipal Maria Rubim Braga (5.1), Escola Municipal Indígena Maria Pinto Pereira (4.9) e Escola Municipal Professor Zenith Ramos (4.9).
No ranking atual de 2023, dos municípios do Alto Solimões, Santo Antônio do Içá aparece em segundo lugar com a média: 4,7. Ficando atrás somente de Benjamin Constant, município também localizado na calha do Rio Solimões. Já no ranking geral dos municípios do Amazonas, Santo Antônio aparece m 22º lugar.
“Isso tudo o que estamos colhendo é fruto de um trabalho árduo executado por todos os nossos profissionais da educação que atuam incansavelmente, seja dentro do nosso município, seja nas diversas comunidades rurais e indígenas. Onde tem gente, tem escola” afirma o secretário municipal de educação, Jorge Castro.
Ideb
O Ideb é o principal indicador da qualidade da educação básica no Brasil e é calculado a cada dois anos para os anos iniciais e finais dos ensinos fundamental e médio. Os resultados de 2023 são os primeiros do período pós-pandemia de Covid-19 no país.
Para compor o índice, o MEC leva em consideração as notas dos estudantes na prova do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e os índices de aprovação, compilados pelo Censo Escolar.