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SAÚDE

Saúde emocional: psicólogo explica como lidar com a ansiedade durante a quarentena

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Em tempo de coronavírus, ficar em casa é a recomendação. Saiba como aproveitar os dias em casa com a família durante o isolamento social   

Estamos vivendo tempos de incertezas frente à pandemia do novo coronavírus, o qual vem estabelecendo diversas mudanças no comportamento de diversas nações, como o isolamento social, novas formas de jornadas de trabalho, compromissos e eventos adiados, preocupação em aumentar os cuidados com higiene pessoal, limpeza dos ambientes e, especialmente, medidas e posturas responsáveis para evitar o pânico ou agravar o quadro clínico de quem tem ansiedade.
 
O psicólogo do Hapvida Saúde, Wilton Cabral, explica que esse momento é um grande desafio para um mundo que constantemente exige para sermos ativos e produtivos o tempo todo, mas assegura que a não transmissão desse vírus só será possível se tivermos comprometimento pessoal em favor do coletivo. “Precisamos ser conscientes de nossas responsabilidades diante desse cenário de pandemia para conseguir frear a disseminação do novo coronavírus. No entanto, nesse momento de quarentena e diante de uma gama de informações que chegam a todo instante, é preciso ficar alerta com a ansiedade gerada em muitas pessoas, bem como pode ser agravada naquelas que já sofrem com transtornos dessa natureza”, ressalta o psicólogo.
 
Contudo, ele destaca que é possível encontrar novos mecanismos para conseguir ter produtividade, assim como reinventar o contato social. “Embora o tempo seja de distanciamento no convívio social, use os meios digitais para aproximar-se de amigos e familiares. Mantenha uma boa rotina de sono e alimentação saudável, pois isso contribui para o aumento da imunidade. Entenda a mudança como uma necessidade para um bem maior, ou seja, o bem-estar coletivo”, afirma Wilton Cabral.
 
Corpo e mente
 
Com o objetivo de manter o equilíbrio mental e a saúde do corpo, o especialista recomenda àquelas pessoas que podem desenvolver quadros de ansiedade, que evitem consultar a todo instante informações de casos sobre os infectados e índices de mortalidade pelo mundo, haja vista que ao ficar em alerta e entrar em contato com essas notícias, fazem projeções ou criam cenários que podem ser mais agravantes do que a realidade. Além disso, ele destaca que é fundamental acessar fontes confiáveis de informação, sempre dando prioridade aos canais de comunicação de órgãos oficiais e meios jornalísticos com credibilidade.
 
Dentro do seu lar é o local mais seguro, então, procure atividades que possam ocupar seu tempo de maneira útil, que possa ser produtivo, traga qualidade de vida e harmonia para o seu corpo e sua mente. Por isso, o psicólogo lista algumas atividades possíveis de desempenhar em casa e com a família:
 
·         Ler livros;
·         Ouvir músicas para levantar o astral;
·         Assistir filmes e séries;
·         Organizar sua casa;
·         Desenhar;
·         Pintar;
·         Propor jogos em família;
·         Fazer exercícios;
·         Praticar meditação;
·         Descobrir novos dotes
 
Portanto, nesse momento de isolamento social é preciso compreender que não conseguimos ter o controle de tudo, porém algumas atitudes estão ao nosso alcance e podemos aprender a lidar e amenizar as novas situações, garante o psicólogo.
 
Novos horizontes
 
É tempo de rever conceitos e aceitar mudanças repentinas, pois o bem-estar coletivo depende da atitude individual de cada cidadão. “O ser humano não está acostumado a viver em isolamento social, mas este sentimento pode ser amenizado a partir da forma como você avalia as situações. Não veja como uma “prisão”, mas como uma colaboração, onde todos poderão ser beneficiados em breve”, garante Wilton Cabral.
 
O psicólogo afirma que é preciso ser realista – não é necessário negar a situação – mas é preciso ressignificar conceitos e valores, tais como evitar o pessimismo, disseminar informações que não transmitam credibilidade, reduzir o ritmo de vida, rever certas posturas e, sempre que necessário, buscar ajuda de um especialista, como psicólogos, terapeutas e psiquiatras.
 
Muitas iniciativas solidárias têm mostrado que é preciso ter esperança nesse momento de grandes transformações. Para auxiliar, o Centro de Valorização da Vida (CVV) está com linhas abertas para o contato telefônico pelo número 188.

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