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Seca impactará nos preços

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Fecomércio aponta possível aumento do custo logístico de produtos que abastecem Manaus por conta da vazante dos rios da região

A Federação do Comércio do Amazonas (Fecomércio) alerta para o aumento dos preços para o consumidor amazonense por conta da estiagem. A vazante na região amazônica está em pauta hoje em Brasília. O governador Wilson Lima (UB) se reúne às 17h com o ministro dos Transportes, Renan Filho, e o novo ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.

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De acordo com o presidente da Fecomércio, Adelson Frota, a questão logística é a maior influência na subida dos preços, pois os grandes navios que transportam contêineres com os produtos comercializados no estado terão que reduzir a quantidade de produtos para não encalhar. 

“Vamos ter dificuldade de abastecimento na região de Manaus e das cidades do  interior. Essa é a avaliação principal. Além de tudo vamos ter que compor com os senadores e com os operadores alguns aumentos de frete que justifique a vinda dos navios de grande porte com cargas menores para poder não ser atingido pelo nível baixo dos rios”, declarou Aderson Frota.

Na segunda-feira, o governador e o líder da bancada amazonense no Congresso, Omar Aziz, (PSD) conversaram por telefone com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que se colocou a disposição para alinhar ações em apoio aos moradores dos municípios afetados e convidou os políticos para uma reunião com os ministros. O foco da conversa de hoje será a ajuda humanitária às comunidades que estão isoladas com a seca dos rios e as soluções para deslocamento de insumos e pessoas – uma vez que a logística da região depende diretamente do regime das águas.

 Recuo da águas

 Neste ano, a vazante já é histórica. Somente nesta segunda-feira, o Rio Negro recuou 31 centímetro, média que tem sido mantida nas últimas semanas, chegando a 17,6 metros. Para se ter uma noção, no mesmo dia no ano passado, o rio marcava 22,6 metros. Um quadro ainda mais preocupante é encontrado no Rio Solimões. 

Um levantamento do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), apresentado no último dia 22, aponta que no dia 21 de setembro, o rio chegou atingiu a cota de -43 centímetros, alcançando a segunda maior cheia registrada na estação. Em Manacapuru, região metropolitana de Manaus, o rio Solimões continua com descidas acentuadas e os níveis registrados estão abaixo da faixa da normalidade. 

Na cabeceira, o Solimões já prejudica municípios como Benjamin Constant e São Paulo de Olivença que, juntos a mais 11 municípios, estão sob decreto de situação de emergência. Em Manaus, o rio Negro apresentou descidas médias diárias de 33 cm e os níveis registrados estão abaixo da faixa da normalidade para o período. 

O deputado estadual Saullo Vianna (UB) disse que o apoio para Defesa Civil estadual e municipais deve ser solicitado para sanar a situação de calamidade pública. “O pedido é de apoio ao estado por conta da situação da seca dos rios. Alguns portos já estão fechados no interior. Algumas cidades já estão sofrendo com o desabastecimento. Atalaia do Norte, por exemplo, uma parte da cidade está sem abastecimento de água porque o rio secou muito e não estão mais conseguindo captar água do rio”, disse. 

Foto: (Márcio Silva)

Fonte: Giovanna Marinho/acritica

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