O serviço de Radioterapia da Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon), unidade vinculada à Secretaria de Estado de Saúde (Susam), realizou, de janeiro a junho de 2020, mais de 750 atendimentos. Desde o ano de 2019, quando foi inaugurado um novo acelerador linear, os pacientes que fazem tratamento no serviço não enfrentam fila para marcação e início das sessões.
O parque tecnológico de Radioterapia da FCecon tem os aparelhos mais modernos do estado, destaca o diretor-presidente da Fundação, mastologista Gerson Mourão. “Hoje, o serviço de Radioterapia da Fundação Cecon encontra-se com os aparelhos mais modernos do estado do Amazonas. O mais moderno em termos de benefícios aos pacientes o nosso serviço oferece. É um grande avanço para a nossa instituição, visto que atendemos uma grande quantidade de pacientes, moradores do Amazonas e de outros estados, como Roraima”, afirma.
A Fundação Cecon possui dois aceleradores lineares, sendo um inaugurado em 2016 e o mais recente inaugurado em meados de setembro de 2019. Este último foi viabilizado em uma parceria do Governo do Amazonas com o Governo Federal, por meio do Plano de Expansão da Radioterapia no Sistema Único de Saúde (SUS). Foram investidos R$ 4,7 milhões na compra do equipamento e na implantação do bunker – estrutura de concreto construída, no subsolo da unidade, para resistir à radiação.
Tecnologia – Os aparelhos são uma tecnologia de ponta, destaca o gerente do serviço de Radioterapia da FCecon, médico radioterapeuta Leandro Baldino, e resultam em melhor tratamento aos pacientes.
“Os nossos aparelhos de radioterapia, os aceleradores lineares, que são novos, conseguem tratar melhor o paciente porque centralizam a dose de radiação somente no tumor, diminuem os efeitos colaterais e protegem os órgãos de risco, que são aqueles órgãos e estruturas que a gente não quer tratar. Com o acelerador linear, a gente consegue isso, associado ao planejamento tridimensional”, explica Leandro Baldino.
O tratamento – A radioterapia é o tratamento das neoplasias malignas por radiação ionizante. Essa radiação destrói as células malignas e consegue eliminar todo e qualquer vestígio de câncer no corpo. Conforme Baldino, de 70% a 80% dos pacientes oncológicos vão necessitar, em algum momento, passar pela radioterapia.
Na FCecon, esses pacientes são avaliados pelos médicos radioterapeutas e, quando indicado o tratamento, eles seguem para fazer o planejamento tridimensional. É através deste moderno planejamento tridimensional que se consegue planejar como será feito o tratamento de radioterapia.
Na Fundação, 90% dos pacientes recebem essa tecnologia, que é considerada mais segura e moderna. Feito o planejamento, o protocolo de início das sessões de radioterapia é em torno de dez dias.
Sem filas e rapidez – Desde meados de setembro de 2019, a fila para o serviço de Radioterapia foi zerada com a implantação do mais recente acelerador linear. O paciente que é encaminhado de outro setor para a radioterapia é atendido pelo médico radioterapeuta em, no máximo, 48 horas, já orientando a conduta a ser adotada.
Além dos dois aceleradores lineares, a FCecon dispõe de um aparelho de cobaltoterapia, equipamento um pouco mais antigo que é utilizado principalmente nos pacientes paliativos (que não têm mais chances clínicas de cura) ou naqueles que precisam de menos tecnologia para o tratamento.
O grande benefício é a rapidez, uma vez que o acelerador linear é duas vezes mais rápido que o de cobalto. Isto reflete em um aumento de atendimento de pacientes e abertura de mais vagas. Hoje, os três aparelhos de radioterapia externa têm disponibilidade de atendimento de até 300 pacientes por dia.
Braquiterapia – Outro equipamento que faz parte do parque tecnológico de Radioterapia da FCecon é a braquiterapia, aparelho de radioterapia interna, inaugurado em dezembro de 2019, que trata os tumores ginecológicos. O equipamento utilizado no serviço foieditado comprado pelo valor de R$ 715.790,97, por meio de um convênio entre a Susam e o Ministério da Saúde (MS), e repassado à FCecon.
O serviço aumentou a capacidade de atendimento de mulheres portadoras de câncer de colo uterino que necessitam de tratamento radioterápico interno. O material é de titânio, computadorizado, mais leve e de fácil manuseio, proporcionando segurança ao médico e à paciente.
Números – De janeiro a junho de 2020, 753 pacientes realizaram tratamento de radioterapia na Fundação Cecon, sendo 589 nos aparelhos de radioterapia externa (aceleradores lineares e cobaltoterapia) e 164 na braquiterapia.
Fotos: Divulgação/FCecon