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TST homenageia lideranças indígenas na nova edição do Gente que Inspira

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Projeto tem o objetivo de valorizar personalidades que contribuem para a promoção de uma sociedade mais justa e igualitária 

Na sua quinta edição, o projeto Gente que Inspira homenageará quatro lideranças indígenas brasileiras. A cerimônia será realizada no dia 25 de abril, no Tribunal Superior do Trabalho, durante o curso “Letramento em Diversidade: (re) pensando o Direito do Trabalho a partir dos Territórios”.

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O Gente que Inspira é uma iniciativa do TST, como forma de reconhecer pessoas que tenham contribuído, ao longo da sua trajetória pessoal ou profissional, com a promoção de uma sociedade mais justa e igualitária.
 

Conheça mais sobre as quatro pessoas homenageadas desta edição:Cacique Raoni Metuktire

 Raoni Metuktire é um líder indígena da etnia caiapó. Em 1954, Raoni e os caiapós aprenderam a língua portuguesa quando se encontraram, pela primeira vez, com os Irmãos Villas-Bôas. O cacique alcançou notoriedade internacional em 1988, quando participou, ao lado do cantor Sting, em São Paulo, de uma conferência de imprensa da Anistia Internacional.

A partir de 1989, tornou-se embaixador na luta pela proteção da floresta amazônica e dos povos indígenas e realizou numerosas viagens pelo mundo. Em 2011, Raoni recebeu o título de cidadão honorário da cidade de Paris, em reconhecimento por sua incansável luta em defesa da preservação da Amazônia.

Em 2024, foi agraciado com o título de Cavaleiro da Legião de Honra da França, concedido pelo presidente Emmanuel Macron. Conhecer a história de Raoni é se inspirar na luta pela preservação e respeito às tradições indígenas.
 

Célia Xakriabá 

Célia Nunes Correa, também conhecida como Célia Xakriabá, é professora e ativista do povo Xakriabá em Minas Gerais. Fez parte da primeira turma de Educação Indígena da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em 2013, tem mestrado em Desenvolvimento Sustentável pela Universidade de Brasília (UnB) e é doutoranda em Antropologia pela UFMG.

Em 2022, Célia fez história ao ser eleita a primeira deputada federal indígena por Minas Gerais, com mais de 100 mil votos. Após sua posse, ela se tornou a primeira liderança indígena a presidir a Comissão da Amazônia e Povos Originários no Congresso.

Sua luta é pela demarcação dos territórios indígenas, pelo reconhecimento dos profissionais indígenas e quilombolas da educação, e pela reforma agrária e urbana. 
 

Joenia Wapichana

Joenia Batista de Carvalho, mais conhecida como Joenia Wapichana, é uma líder indígena da etnia Wapixana. Nasceu em 20 de abril de 1973, na comunidade indígena Cabeceira do Truarú, localizada na zona rural do município de Boa Vista (Roraima). 

Ela se formou em Direito pela Universidade Federal de Roraima (UFRR), tornando-se a primeira mulher indígena a advogar no Brasil. Ela tem mestrado em Direito Internacional pela Universidade do Arizona, nos Estados Unidos e, nas eleições de 2018, foi a primeira mulher indígena eleita pelo Estado de Roraima para deputada federal. 

Durante o seu mandato, denunciou os impactos humanitários e sociais causados pelo garimpo ilegal sobre as populações indígenas. Já em 2023, Joenia Wapichana tornou-se a primeira mulher indígena a presidir a Funai, agora Fundação Nacional dos Povos Indígenas, inspirando outros a conhecerem e apoiarem sua luta.
 

Uruba Pataxó

Erilsa Braz dos Santos tem um segundo nome na língua patxohã: Uruba Pataxó. Uruba é o nome de uma planta da qual se extrai uma fibra utilizada na confecção de alguns artesanatos (abanos, maracá, peneiras e outros). Nasceu em 27 de julho de 1980, na Terra Indígena da aldeia mãe Barra Velha, no município de Porto Seguro (Bahia).

Dois anos depois que nasceu, em 1982, as lideranças de sua aldeia conquistaram um importante marco: a demarcação de uma parte da terra, depois de uma luta que durou mais de 42 anos. Em Barra Velha, Uruba nasceu, cresceu, estudou, casou com um pataxó e constituiu sua família com cinco filhos.

Trabalhou como agente indígena de saúde, fazendo trabalho voluntário por dois anos. Depois, passou a ser remunerada e atuou na saúde por dez anos. Fez cursos de agente de saúde indígena e de auxiliar de enfermagem. Foi a primeira mulher pataxó de Barra Velha a trabalhar na saúde.

É uma das mais respeitadas lideranças do estado da Bahia (BA). É vice cacica da aldeia Mãe Barra Velha e professora. Atualmente, coordena o Movimento Unido dos Povos e Organizações Indígenas da Bahia. 

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