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UEA publica estudo inédito sobre estratégias emergenciais de saúde mental durante a pandemia

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Ação é parceria da universidade com um grupo de profissionais de diferentes instituições locais

Colocando o Amazonas como um dos estados pioneiros na realização de ações efetivas de combate ao novo coronavírus, a Universidade do Estado do Amazonas (UEA), em parceria com um grupo de profissionais de outras instituições locais, publicou nesta semana o Plano Estratégico Emergencial de Saúde Mental para Enfrentamento da Covid-19. A medida concentra conhecimentos, recursos e solidariedade para construir uma resposta integrada e com embasamento científico.

No Brasil, a atuação da saúde mental pós-exposição a desastres e emergências vem sendo construída a partir de eventos como o rompimento de barragens de mineração em Minas Gerais, deslizamentos, inundações, e incêndios como os ocorridos na boate Kiss, em Santa Maria (RS) e no bairro de Educandos, na cidade de Manaus. Por outro lado, em epidemias, habitualmente enfatizam-se os preparativos de vigilância epidemiológica, vacinas e medicamentos, bem como o impacto e o ônus econômico. No entanto, é preciso ainda que se considerem os impactos na saúde mental e na condição social das populações.

Nesse contexto, a UEA buscou produzir um material baseado, principalmente, nas lições aprendidas em outros países e disponíveis nas plataformas que reúnem as mais relevantes e recentes publicações científicas, em nível técnico e que, ao mesmo tempo, fosse de fácil leitura e consulta rápida, considerando que o prazo é sempre imediato em situações de emergência.

O plano mostra que a Intervenção em Crise Psicológica (ICP) tem sido a abordagem mais indicada para essas situações e pode ser disponibilizada para pacientes, profissionais de saúde, pacientes-contato e população em geral com o principal objetivo de minimizar os danos psicológicos e fornecer assistência oportuna à prevenção e controle da epidemia por redução ao estresse e trauma.

Com isso, o material foi construído com diferentes tópicos, para que cada população específica tenha uma intervenção diferenciada e seja acolhida de forma correta pelo serviço, com técnicas de solução de problemas para ajudar no enfrentamento dos principais fatores de estresse, a partir da sua identificação.

No caso dos profissionais de saúde, o plano abrange o encorajamento para construção de um plano de resiliência que inclua ações de autocuidado e estratégias para enfrentamento de uma possível estigmatização, sendo essa a questão fundamental no suporte para esse grupo de pessoas.

Epidemias anteriores mostraram que os problemas de saúde mental decorrentes de tão elevado nível de estresse comprometem a atenção, afetam a sinergia da equipe e a capacidade de tomada de decisões dos trabalhadores, o que impacta não somente a luta contra a Covid-19, mas também pode ter um efeito duradouro no bem-estar geral dos profissionais.

Já nos casos dos pacientes internados, foi considerado o curso da doença, a gravidade dos sintomas clínicos, o local de tratamento (clínica médica ou terapia intensiva), capacidade cognitiva do paciente em compreender a doença, nível de estresse, para então identificar aqueles que precisam de intervenção psicológica e formular medidas específicas para melhorar a eficácia dessas intervenções. As ações foram centralizadas para estabilizar as emoções do paciente, ajudando a traçar um plano de autocuidado e resiliência.

“Além desses, o plano contempla ações para pacientes em isolamento domiciliar, pessoas em quarentena, pacientes em condições especiais de saúde, pacientes idosos ou com comorbidades e a população em geral”, pontuou uma das coordenadoras do projeto, a psicóloga Sônia Lemos.Por fim, o material explica que a linha direta em um Plantão Psicológico por chamada telefônica ou chat deve apoiar na manutenção da saúde mental dos cidadãos durante este surto. Este serviço deve servir a três propósitos: 1) Informação – disponibilizar dados corretos e claros de fontes oficiais e sustentados cientificamente; 2) Aconselhamento Psicológico – modalidade de intervenção centrada na facilitação e expressão dos sentimentos, pensamentos e conflitos, bem como alternativas para lidar com eles; e 3) Encaminhamento – em caso de risco iminente, encorajar a pessoa a procurar seu serviço de referência (cuidado de condição clínica) ou unidade sanitária de referência (em caso de sintomas Covid-19).

Todo o conteúdo pode ser acessado no portal da UEA (www.uea.edu.br)

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