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Universo: A corrida espacial tem destino e é Marte

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Três missões terrestres estão a caminho de Marte.

A mais recente é a sonda robótica Perseverance, lançada nessa quinta-feira (30). A viagem dura cerca de sete meses e a nave deve pousar no planeta vermelho no dia 18 de fevereiro do ano que vem.

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A sonda é da Nasa, Agência Espacial dos Estados Unidos, pesa uma tonelada e é do tamanho de um carro compacto. Ela carrega um mini-helicóptero e vai testar equipamentos que podem ser usados em futuras missões com humanos em Marte.


O local de pouso da Perseverance é a base da cratera Jezero, que tem 250 metros de profundidade e já foi um lago há mais de 3 bilhões de anos. Os cientistas suspeitam que minerais na cratera podem guardar indícios de vida microbiana já extinta em Marte.


A missão também vai verificar a resistência de diversos tipos de traje espacial à radiação marciana e coletar amostras de solo, que só devem chegar à Terra em 2031. O robô é equipado com câmeras e microfones, e pode abrir caminho para a colonização americana em Marte.


O governo dos Estados Unidos planeja retomar as missões tripuladas à Lua em 2024 e levar humanos a Marte na década de 2030.


Mas, como eu disse, a Perseverance é a terceira nave enviada ao planeta vermelho este mês. A primeira foi a Al Amal, dos Emirados Árabes, no dia 19. O objetivo da pesquisa espacial é desenvolver a tecnologia para aumentar a capacidade científica e tecnológica do país e reduzir a dependência do petróleo.


A sonda Al Amal também vai explorar a atmosfera de Marte, com o objetivo de estabelecer uma colônia árabe por lá daqui a 93 anos, em 2117.


E, no dia 23, a China lançou a primeira missão ao espaço profundo. A sonda Tianwen-1 também deve se aproximar de Marte em fevereiro do ano que vem, com previsão de retornar à Terra em algum momento de 2028 a 2030.


A Tianwen-1 carrega um rover, um robozinho que vai analisar o solo marciano e implantar um radar para entender o que existe abaixo da superfície. Leva também um orbitador com câmeras de alta resolução e aparelhos para estudar o campo magnético de Marte. O campo magnético é como um ímã gigante.


No caso da Terra, é o campo magnético que envolve todo o planeta, nos protege dos ventos solares e torna possível a existência da nossa atmosfera. Faz dois meses que pesquisadores divulgaram que Marte não tem isso. O campo magnético por lá funciona diferente, muda de acordo com o local.


Um voo até Marte demora de seis a oito meses. O objetivo de lançar diferentes missões agora é economizar tempo e dinheiro. Isso porque, a cada 26 meses, Terra e Marte passam cerca de um mês no ponto mais próximo possível.


Essas três sondas vão se juntar a outras oito missões que já exploram a órbita ou o solo do Planeta Vermelho neste momento.

Foto: Divulgação

Fonte: Agência Brasil

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