O governador Wilson Lima visitou, na tarde desta quarta-feira (10/06), as obras do Hospital do Sangue da Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (FHemoam), que foram retomadas pelo Governo do Estado. Com investimento de R$ 39,8 milhões, a unidade terá 15 mil metros quadrados e permitirá o aumento da capacidade atual de assistência hematológica e oncohematológica no Amazonas.
“Essa é uma estrutura moderna e quando nós a inaugurarmos, será o maior hemocentro do norte do país, um dos maiores do Brasil. Nós vamos aumentar nossa capacidade em até seis vezes, vamos sair de 26 leitos para 185. É uma obra que, quando eu assumi o governo, em 2019, estava em 6% e hoje temos 65% de obra concluída. Nós estamos trabalhando para entregar esse prédio até o final deste ano”, afirmou o governador.
O prédio onde funcionará o novo hospital já está com todos os aparelhos de ar-condicionado instalados, revestimento externo pronto, sistema de água e instalações hidrossanitárias e atualmente, recebe serviço de pintura.
A diretora-presidente da FHemoam, Socorro Sampaio, destacou o avanço das obras desde o ano passado. De acordo com ela, o Hospital do Sangue terá capacidade de internação para mais de cinco mil pacientes/ano e atenderá 100% dos casos de câncer infantojuvenil, além das doenças benignas e malignas do sangue.
“O Hospital do Sangue é o nosso sonho para podermos atender todos os pacientes de uma forma integral, com todos os serviços de apoio de imagens, um serviço que tenha os especialistas para todos os tipos de doença e para o nosso transplante de medula óssea. Hoje, o paciente para fazer (o transplante), precisa se ausentar no mínimo 100 dias de Manaus. As crianças, adolescentes e adultos ficam longe das famílias, dos amigos, da escola e isso prejudica até o tratamento dos mesmos”, explicou.
Doação – Wilson Lima também visitou as instalações do Hemoam, que prepara uma série de ações voltadas ao Junho Vermelho, mês de conscientização sobre a doação de sangue, e ao Dia Mundial do Doador de Sangue, comemorado no próximo domingo (14/06). O governador esteve no banco de sangue da instituição e ressaltou a importância dos doadores para manutenção do estoque no estado.
“Eu quero primeiramente agradecer àquelas pessoas que, mesmo durante a pandemia, mantiveram esse compromisso de vir ao Hemoam e quero fazer um convite para elas fazerem a doação de sangue. Aquelas pessoas que nunca vieram, que nunca fizeram isso, que aproveitem esse momento para fazer. Cada doação pode salvar a vida de até quatro pessoas”, disse.
Protocolo para Covid-19 – O governador conheceu, ainda, o processo de coleta de plasma convalescente para auxiliar no tratamento de pacientes com Covid-19, que o Hemoam está realizando desde o início do mês. O procedimento tem aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) e foi formatado em um protocolo que está em andamento em diversos estados brasileiros.
A eficiência desse método contra a Covid-19 já é reconhecida internacionalmente. Estudos indicam que o plasma convalescente pode diminuir a mortalidade e a carga viral da doença, promovendo melhora clínica, com a diminuição do tempo de internação dos pacientes.
“O Hemoam avançou muito nesse sentido. Ele está retirando o sangue daquelas pessoas que já foram infectadas, que estão fora do período de transmissão, e está utilizando esse plasma para colocar naquelas pessoas que têm Covid. Isso faz com que essas pessoas aumentem a sua imunidade e que logo se recuperem. O estudo aqui do Hemoam já foi concluído e agora, está passando para uma outra fase, que é a distribuição desses plasmas para unidades de saúde do estado”, ressaltou Wilson Lima.
A coleta do plasma funciona por agendamento, que pode ser feito por meio dos números (92) 3655-0166, 98421-4184 e 99984-4585, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. O processo é idêntico ao de doação de sangue comum. Porém, para o plasma convalescente, o candidato precisa atender a alguns critérios específicos, tais como: ser do sexo masculino; ter entre 18 e 60 anos; comprovar que teve Covid-19 confirmada por meio do teste PCR; doar no mínimo 30 dias após o desaparecimento total dos sintomas; não ter histórico de hepatite B ou C, sífilis, HIV, HTLV ou doença de Chagas.
Fotos: Arthur Castro/Secom