O consumo de álcool realmente aumentou no Brasil: é o que revela o relatório Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde. O levantamento aponta um aumento do consumo abusivo de álcool quando comparado com os anos anteriores.
Entre pessoas do sexo masculino, este aumento foi de 25% para 27,3% no período, e entre pessoas do sexo feminino este aumento foi de 12,7% para 15,2%. Quando se comparam os anos de 2010 e 2023, nota-se que houve um aumento significativo do consumo abusivo entre as mulheres, ao passo que, entre os homens, observa-se estabilidade. Esse aumento do consumo pelas mulheres reflete-se no aumento geral percebido ao longo do período, sendo ponto especial de atenção.
Os perigos do excesso
Especialistas alertam para os perigos do aumento do consumo de álcool no Brasil. Valdice de Matos Souza, nutricionista da Wyden, enumera os principais riscos à saúde associados a esse comportamento. “Aumento de peso, síndrome metabólica, doenças no fígado, problemas gastrointestinais, entre vários outros”, destaca.
Ela explica, ainda, que o impacto vai além das consequências imediatas, afetando a nutrição e o funcionamento do organismo a longo prazo. “A maioria dos órgãos afetados pelo consumo excessivo de álcool está ligada ao trato gastrointestinal. Os riscos de desenvolver carências nutricionais, principalmente desnutrição, são enormes”, explica Valdice.
Estratégias para uma vida equilibrada
Diante desses desafios, quais estratégias alimentares podem ajudar a minimizar os danos causados pelo consumo excessivo de álcool? A nutricionista destaca algumas orientações importantes: “Não consumir bebida alcoólica com estômago vazio, aumentar a ingestão hídrica no dia seguinte ao consumo excessivo, preferir alimentos ricos em proteínas de alto valor biológico e adotar uma alimentação mais saudável, evitando industrializados e bebidas açucaradas.”