Dos quase R$ 4,8 trilhões de despesas do Executivo para o ano que vem, só R$ 96,5 bilhões serão usados para investir
O Congresso Nacional concluiu a votação do Orçamento de 2022, na noite desta terça-feira (21), e o texto aprovado pela Câmara e Senado fixa um teto de cerca de R$ 4,8 trilhões para as despesas da União no ano que vem. O valor da folha orçamentária será o maior dos quatro anos de gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL), no entanto prevê o menor percentual de aplicações em investimentos desde 2019: aproximadamente R$ 96,5 bilhões, ou 2% do total.
Na comparação com os três Orçamentos anteriores, será a primeira vez que os recursos para investimentos ficarão abaixo dos R$ 100 bilhões. Em 2021, o Executivo gastou R$ 144,4 bilhões com essa despesa — 33% acima do que foi reservado para o ano que vem. Em 2020, o governo federal executou R$ 121,4 bilhões em investimentos. Já em 2019, utilizou R$ 120 bilhões.
Nos últimos três anos, a verba para investimentos foi maior mesmo com um teto de despesas inferior ao que foi aprovado para o próximo ano. Em 2021, a folha orçamentária do governo foi de cerca de R$ 4,2 trilhões; em 2020, de quase R$ 3,5 trilhões; e em 2019, de aproximadamente R$ 3,2 trilhões. Além de investimentos, são despesas do Orçamento o refinanciamento da dívida pública e compromissos fiscais e da seguridade social.